Integrantes do Filmaê passam a participar de filmes institucionais do Governo de Alagoas

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Jovens vão trabalhar com produtoras que prestam serviço para o Estado

 

 

O profissionalismo que os jovens demonstraram durante as produções institucionais para o Filmaê abriu portas para o mercado do audiovisual. Agora, graças a uma parceria entre a Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) e as produtoras, integrantes do Filmaê passam a fazer parte da equipe de produção dos filmes institucionais do Governo de Alagoas.

A proposta do Filmaê, que acontece em parceria com a ONU-Habitat, é promover a inclusão social através da comunicação como política pública e cidadania digital. Os 24 jovens participaram de oficinas de roteiro, direção, fotografia, edição e som, mostrando como a comunicação e a cidadania digital podem transformar realidades.

A partir desses cursos, os integrantes produziram quatro vídeos que se transformaram em propagandas institucionais. A oportunidade permite que os jovens aperfeiçoem ainda mais o trabalho dentro do audiovisual. Entre os jovens que retornaram, está Léo Eira, que no Filmaê ajudou na elaboração do vídeo institucional que abordava o turismo e outro sobre ações do Governo do Estado na periferia alagoana.

Da comunidade do Vila Emater 2, em Jacarecica, para assistente administrativo de uma empresa responsável por parte da produção institucional do Governo de Alagoas. Essa é um pouco da trajetória de Léo Eira, um participante do Filmaê que agora tem a oportunidade de retornar às funções de assistente de produção como um profissional contratado. “Esse retorno vem me mostrando que a gente pode abranger, ocupar outro espaço, conhecer outras técnicas, conhecer um outro lado. Está sendo algo totalmente diferente. Cada um tem um jeito diferente de trabalhar. Então, a gente acaba pegando outros conhecimentos e outras formas de iniciar, meio e final”, diz Léo.

O sentimento de ter ainda mais oportunidade para aprender é de gratidão. “Gratificante por ter visto seu trabalho assim tão bem, ao ponto de, após o projeto, você ser reconhecido pelo trabalho que você fez. Agora estou fazendo para valer, algo mais profissional, levando mais a sério ainda, que antes para mim já estava sendo muito sério”, finaliza Léo.

 

Guiando os jovens

 

A produtora Paula Amaral acompanhou os jovens do Filmaê durante as gravações dos vídeos institucionais e orientou cada um deles. Hoje, na gravação de outros vídeos, conta com a assistência da roteirista Nara Santos. “Após o término do Filmaê, nós estamos tentando acompanhar os alunos no sentido de conseguir bolsa de estudos para eles e sete filmagens para trabalhar. É o Filmaê dando oportunidade”, conta Paula.

Quem ganha é o mercado alagoano Gilberto Júnior, dono da produtora OVNI, destacou o processo como “extremamente necessário para o mercado alagoano”. “Para mim, como empresário, se torna um investimento. Um investimento na nossa mão de obra e, principalmente, no nosso povo. Então, a gente não precisa trazer grandes profissionais de fora para fazer.  Aqui há grandes profissionais na nossa terra. Os meninos fizeram um grande trabalho nas peças que foram produzidas e publicadas, que é um material muito bonito. Todos estão de parabéns. E a gente tende a melhorar mais ainda o nosso mercado”, pontua Gilberto.

 

Sobre o Filmaê

 

O Filmaê é um desdobramento do programa Digaê! – Juventudes, Comunicação e Cidade, que formou, entre 2022 e 2023, cerca de 80 jovens de 15 a 24 anos, moradores de 32 grotas de Maceió, em oficinas multimídia e eventos culturais sobre suas memórias, histórias e narrativas.

Inspirado nessa experiência, o Filmaê, programa vinculado à Secom, surge como continuidade, ampliando oportunidades de formação e profissionalização em comunicação pública para jovens de Alagoas.

Foram selecionados 24 jovens que participaram de oficinas de direção, fotografia, produção, roteiro, edição e som direto. Divididos em quatro grupos, colocaram os aprendizados em prática e produziram peças publicitárias realizadas em suas próprias comunidades.

Hoje, os vídeos institucionais passados em TV aberta são fruto dessa imersão e oportunidade dada aos jovens da periferia alagoana.

 

Ana Beatriz Rodrigues / Agência Alagoas

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